Pontuação: 9/10
M/12 | 1h 45min | Biografia, Drama, Musical
Realizado por: Michael Gracey
Escrito por: Jenny Bicks, Bill Condon
Estrelado por: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zac Efron
"The noblest art is that making others happy."
P. T. Barnum
Após Os Miseráveis (2012), Hugh Jackman (cf. imagem supra) volta a ser o protagonista de um musical que confessa ser a sua passion piece. Encarnando o papel de um empresário do século XIX, "P. T. Barnum", um homem que virou o mundo do espetáculo de pernas para o ar, o ator volta a estar na corrida aos Globos de Ouro na categoria de "Melhor Ator". The Greatest Showman está ainda nomeado para "Melhor Filme - Comédia ou Musical" e "Melhor Canção Original" ("This is Me", de Benj Pasek e Justin Paul, a dupla que ganhou um Óscar em 2017 por "City of Stars", de La La Land).
Michael Gracey, que antes fazia anúncios e efeitos visuais, estreia-se agora na realização com este filme que torna esta época natalícia um bocadinho mais quente. Não estamos perante algo majestoso, mas estamos perante uma obra bonita, que tem elementos mais que suficientes para nos fazer ir ao cinema. The Greatest Showman merece ser visto num ecrã gigante, desde logo pela sua fantástica fotografia; em casa, nunca terá o mesmo sabor, nem tão pouco o confronto entre o espectador e as personagens estranhas que "Barnum" escolhe para vedetas (e que acabam por se tornar família) terá o mesmo impacto (ver imagem infra).
Este filme de Gracey é uma devoção ao cumprimento das promessas que fazemos às pessoas que amamos. A personagem interpretada por Jackman (mal grado ser perito em vender fraudes, na vida real; pelo menos, é o que dizem dele) faz com que até o ser humano mais cético acredite que, com vontade e perseverança, seja possível melhorar o mundo. É verdade que "Barnum" demorou 25 anos a dar a "Charity" (Michelle Williams) e às suas filhas (ver imagem infra) a vida que lhes prometeu, mas... Como diz o ditado, mais vale tarde que nunca.
A par de "Barnum", surgem, neste filme, outros amantes de arte (ou de dinheiro; ou de ambas as coisas): "Phillip Carlyle" (Zac Efron) (uma personagem que acaba por quebrar as barreiras do preconceito ao assumir a sua paixão por "Anne", a trapezista do circo que é interpretada por Zendaya) e "Jenny Lind" (Rebecca Ferguson) (ver imagens infra). Personagens a mais? Nem por isso. Cada uma delas merece, à sua maneira, um lugar nesta história. E todas elas têm um desempenho competente, ainda que os playbacks deixem algo a desejar.
Ao contrário do que têm dito alguns críticos de cinema, o brilho artificial que nos chega desta obra cinematográfica não tem mal algum. Os filmes também servem para nos fazer esquecer a realidade circundante. Por que não podemos ficar simplesmente radiantes com belas imagens, belas músicas, belas danças? Por que não sorrir com uma peça que espelha um ideal de filantropia? Se não gostam de musicais, não vejam The Greatest Showman. Se gostam ou suportam, então, juntem a família e vão ao cinema, porque sonhar um bocadinho nunca fez mal a ninguém. Uma coisa é certa: estando predispostos a, é quase impossível não nos tornarmos mais felizes e alegres após estar frente a frente com esta história.