Bridge of Spies, de Steven Spielberg
7.5/10
Spielberg gosta de realizar filmes com teor histórico (lembremo-nos de A Lista de Schindler ou O Resgate do Soldado Ryan, por exemplo) e ainda bem. Desta vez, o realizador debruçou-se sobre a Guerra Fria e a personagem 'James Donovan' (Tom Hanks que, como sempre, tem uma performance impecável), a quem foi incubida a difícil tarefa de levar a cabo negociações entre os EUA e a União Soviética. Gostei particularmente do retrato daquela que era a Berlim oriental da altura. O filme só peca pela sua duração. Contar-se-ia a mesma história, e bem, em muito menos tempo. No entanto, é de Spielberg e Spielberg merece sempre a nossa atenção.
Fonte: http://variety.com/2015/film/markets-festivals/mad-max-review-tom-hardy-charlize-theron-1201491726/
Protagonizado por Tom Hardy e Charlize Theron, este filme de Miller tem cenas de ação de fazer o público aplaudir de pé. No entanto, também se consegue resumir em poucas palavras: deserto; água; gasolina. Não me parece que este Mad Max tenha muito a acrescentar à história do cinema. Mas esta é, claro, apenas a minha modesta opinião.
The Revenant, de Alejandro González Iñarritu
Um filme forte, violento, sangrento, que gira em torno da palavra ‘vingança’. Ao contrário da maioria, não penso que o filme valha os 8 em 10 pela história (há muitas do género) ou pelo desempenho de Leonardo DiCaprio (que merecia mais o Óscar pelo seu desempenho em O Lobo de Wall Street; este ano, o Óscar deveria ser levado novamente por Eddie Redmayne, que tem uma atuação deveras estonteante em A Rapariga Dinamarquesa). Vale 8 pela fotografia que é, absolutamente, sublime (Emmanuel Lubezki está de parabéns!). Há muito que não via nada do género. Penso que, ao mesmo nível, só mesmo A Árvore da Vida, de Terrence Malick.
Spotlight, de Thomas McCarthy
Filmes inspirados em histórias verídicas têm sempre uma vantagem: à partida, mexem mais com o coração e com as mentes dos espectadores. No entanto, há aqueles filmes que contam e, depois, há aqueles que sabem contar. Spotlight sabe contar. Do início ao fim. Os protagonistas ajudam (Ruffalo tem, a meu ver, o melhor desempenho da sua carreira), é certo, mas o encadeamento está, de facto, bem feito. Mais: numa época em que os meios de comunicação estão um pouco descredibilizados, esta obra de McCarthy faz-nos acreditar que ainda é possível crer num jornalismo sério.
The Martian, de Ridley Scott
Um filme sobre a inteligência, a destreza e a capacidade de sobrevivência. Matt Damon surge como uma estrela dentro do planeta vermelho. Contudo, teve azar, pois a concorrência para o Óscar de Melhor Ator Principal, este ano, é bastante forte.
The Big Short, de Adam McKay
5.5/10
Aqui está um filme aclamado pela crítica que, a meu ver, não merece, de todo, estar nomeado para Melhor Filme. História mal contada, factos ocultados, passagens e cortes desnecessários. Não acho grande piada a realizadores que, em vez de tentarem explicar o que é sério de uma forma séria ou até com algum sentido de humor (se calhar era isto que McKay queria, mas falhou), preferem chamar uma Selena Gomez para jogar Poker e dar-nos roda de burros. Desta película, só mesmo Christian Bale se safou.
Room, de Lenny Abrahamson
A surpresa. Um filme sobre o amor incondicional entre uma mãe e um filho que vivem enclausurados do resto do mundo. Diálogos profundos, olhares intensos, explicações dadas no momento certo. Brie Larson brilha, Jacob Tremblay, o pequeno ‘Jack’, fascina. Temos ator!
Brooklyn, de John Crowley
6.5/10
Um romance sobre uma jovem que emigra para conseguir ter uma vida melhor. É bonito, mas não tem nada de extraordinário para além do guarda-roupa e da performance de Saoire Ronan. E não, não merece estar na corrida ao Óscar de Melhor Filme.
Para terminar, deixo duas imagens de dois grandiosos filmes que foram esquecidos pela Academia de Hollywood e que mereciam, mais do que The Big Short ou Brooklyn, estar na corrida à estatueta dourada:
The Danish Girl, de Tom Hooper
9/10
Ex Machina, de Alex Garland
8.5/10
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