“Em Hollywood,
tudo se negoceia, tudo se traduz e tudo se transforma nesse negócio; acordadas
do seu ‘sono antropológico’, as culturas, as línguas, os génios, os mitos, as
formas convergem para uma amálgama indiscernível e indescritível, para um
desemesurado gag cultural, onde cowboys convivem com faraós, deusas
gregas com gangsters, indígenas do
Pacífico com burguesas cosmopolitas de Park Avenue. A terra de Hollywood (não o
terreno ou o território, mas as ideias que neles se instalam ou que sobre eles
pairam) é feita de associações, montagens, cruzamentos e permutas incessantes;
é dessa terra mestiça que provém um filme ‘feito em Hollywood’.”
João Mário Grilo,
em A Ordem no Cinema, Vozes e palavras de ordem no estabelecimento do cinema em Hollywood.
Sem comentários:
Enviar um comentário