terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

"I, Tonya" (2017). Uma Vida Gelada.


Pontuação: 7/10

M/16 | 2h00 | Biografia, Comédia, Drama

Realizado por: Craig Gillespie
Escrito por: Steven Rogers
Estrelado por: Margot Robbie, Sebastian Stan, Allison Janney


There's no such thing as truth. It's bullshit.
Everyone has their own truth,
and life just does whatever the fuck it wants.
- Tonya Harding


I, Tonya é mais um filme baseado em factos verídicos que mereceu a atenção da Academia de Hollywood sobretudo pelas prestações de Margot Robbie e Allison Janney, ambas nomeadas para os Óscares de "Melhor Atriz" e "Melhor Atriz Secundária", respetivamente. Acaba por ser uma película pertinente, principalmente nos dias de hoje, pois relembra-nos que desporto não é apenas futebol.



A nova obra de Craig Gillespie traz ao grande ecrã a história de "Tonya Harding" (Margot Robbie no seu melhor projeto, até hoje), uma jovem que, desde cedo, deu muitos frutos no seio da patinagem artística (bons e maus, dada a sua personalidade um tanto ou quanto tempestuosa). Além da vertente artística da personagem, o filme também nos coloca frente a frente com a violência verbal (que chegou a ser também física) da qual "Tonya" foi vítima, quer por parte da sua mãe, profundamente obsessiva (Allison Janney encarna o papel de progenitora diabólica na perfeição e merece o Óscar, no próximo dia 4 de março - ver imagem infra), quer por parte do seu marido "Jeff" (Sebastian Stan). Aliás, 'violência' é a palavra-chave deste drama que acaba por ter como clímax a agressão que a rival da personagem principal sofreu enquanto se preparava para os Jogos Olímpicos de 1994.


Estamos perante um projeto que merece o nosso aplauso no que à seleção musical e às filmagens no ringue diz respeito, mas que acaba por perder, e muito, com os vários cortes a que os depoimentos das personagens centrais obrigam. Não é que eles não sejam importantes para dar um pingo de realismo à história. Porém, o seu tom satírico é demasiado exagerado e a sua entrada é, não raras vezes, inconveniente e até irritante.


I, Tonya é um filme com duas prestações absolutamente fantásticas, mas com muitas cenas que não tiveram a merecida continuidade.

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