terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

"The Post" (2017). Nem Streep nem Hanks o salvam.


Pontuação: 6.5/10

M/12 | 1h56 min. | Drama, Biografia, História

Título original: The Post
Realizado por: Steven Spielberg
Escrito por: Liz Hannah, Josh Singer
Estrelado por: Meryl Streep, Tom Hanks, Matthew Rhys


Ben Bradlee: So, can I ask you a hypothetical question?
Katharine Graham: Oh, dear. I don't like hypothetical questions.
Ben Bradlee: Well, I don't think you're gonna like the real one, either.


Baseado numa história verídica, The Post traz à liça a história dos Pentagon Papers, documentos que mostraram que houve vários presidentes americanos a mentir sobre o que se passou na Guerra do Vietname com receio de uma iminente humilhação.
A obra enceta com o analista militar “Daniel Ellsberg” (interpretado por Matthew Rhys) (ver a primeira imagem infra), que esteve em campo, a copiar secretamente milhares de páginas de relatórios de um estudo que foi feito sobre a referida guerra, estudo esse que prova que a Casa Branca passou muito tempo a enganar o povo americano. Apesar de ter sido o jornal New York Times a expor, primeiramente, o conteúdo desses mesmos relatórios, foi o Washington Post (ver a segunda imagem infra) que levou para a frente a investigação, comprometendo, seriamente, a palavra e o poder de Nixon, o presidente americano da altura. Os responsáveis pela redação do escândalo foram “Katharine Graham” (interpretada por Meryl Streep), a primeira mulher a liderar um jornal norte-americano, e “Ben Bradlee” (interpretado por Tom Hanks), o editor desesperado por ficar à frente da concorrência em matérias políticas.




Steven Spielberg está de regresso com uma obra que tem pontos positivos: a sua direção artística e a sua fotografia são excelentes, bem como a interpretação dos atores principais (mas aqui não há grande novidade, pois não?). Não obstante, há muitos diálogos sem sentido, o final é completamente desnecessário e o ritmo demasiado acelerado do drama não nos permite saborear o que ele tem de melhor. Acontece tudo tão depressa que não temos tempo para nos afeiçoarmos às personagens e aos conteúdos abordados, conteúdos, diga-se, de extrema pertinência e atualidade (a liberdade de imprensa, a defesa dos direitos da mulher...). Mesmo à la Hollywood, portanto.
Nomeado para o Óscar de “Melhor Filme” e “Melhor Atriz Principal” (é a 21ª nomeação de Meryl Streep), o novo filme do realizador de A Ponte dos Espiões (2015) fica muito aquém das expectativas (demasiado elevadas, talvez, devido aos nomes que o circundam).

Sem comentários:

Enviar um comentário