sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Curso Intensivo "Filosofia & Cinema", Universidade do Minho



Informações sobre o curso intensivo "Filosofia & Cinema: Confluências Estéticas e Éticas na Imagem em Movimento":

Duração do curso: N.º total de horas: 20 horas
Horário: Terças e quintas, das 14h00 às 16h00
Local: Sala de Mestrados do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho (Braga)
Formadora: Mestre Sara Gonçalves
Prazo de inscrição: 1 a 24 fevereiro 2017
Local de inscrição: Secretaria do ILCH (U.Minho)
Preço: 25 euros (com direito a certificado)


Programa (detalhado):

Sessão 1 – 07 de março de 2017

- Apresentação do curso, da formadora e dos participantes;
- Distribuição do programa e da bibliografia recomendada;
- Introdução à história do cinema: pré-cinema; o cinema dos irmãos Lumière e de George Méliès; o início de Hollywood; o género western (Porter e o primeiro cowboy); os “Big Four” (Chaplin, Pickford, Fairbanks e Griffith); a comédia americana (Chaplin versus Keaton); o cinema soviético dos anos 20 (Eisenstein, Pudovkin); o impressionismo (Gance, Clair, Renoir, Vigo) e o abstracionismo (Duchamp, Dulac) na França.


Sessão 2 – 09 de março de 2017

- Continuação da história do cinema: o nascimento do cinema sonoro (Don Juan e The Jazz Singer); o Hays Code; a década de 40 americana (Welles, Curtiz, Capra, Ford); a Nouvelle Vague (Truffaut, Godard, Resnais, Rivette, Rohmer); o movimento dos Angry Young Men; a década de 50 italiana (Antonioni e Fellini); o suspense britânico (Hitchcock); a ascensão do cinema japonês com “O Mestre” (Kurosawa); a “Nova Hollywood” dos anos 70 (Coppola, Scorsese, Spielberg, Lucas, De Palma); o fantástico romântico, psicológico ou poético de 80 (Lynch); a era do cinema digital.


Sessão 3 – 14 de março de 2017

Sessão especial sobre dois dos grandes movimentos da história da sétima arte:

- o expressionismo alemão (Murnau, Wienne), por Mestre António Cruz Mendes;
- o neorrealismo italiano (Visconti, Rossellini), por Dr. José Amaro.


Sessão 4 – 16 de março de 2017

- Pensar filosoficamente o cinema enquanto arte: introdução às teorias essencialistas sobre a ontologia da imagem em movimento;
- Esclarecimento de alguns conceitos/expressões vinculados/as à arte cinematográfica: “representação contrafactual natural” versus “intencional” (a partir de Blow Up, 1966, de Michelangelo Antonioni); “olho humano”, “tempo” e “espaço”;
- O ilusionismo / fantasismo de Rudolf Arnheim – A Forma do Filme (com visionamento de algumas cenas de The Docks of New York, 1928, de Josef von Sternberg).


Sessão 5 – 21 de março de 2017

- O realismo de André Bazin - Qu est-ce que le cinema? (com visionamento de algumas cenas de Ladri di Biciclette, 1948, de Vittorio de Sica);
- A crítica de Ian C. Jarvie às teorias essencialistas sobre a ontologia da imagem em movimento – “Qual é o Problema da Teoria do Cinema?”;
- Uma alternativa não essencialista: as cinco condições propostas por Noël Carroll para identificar a imagem em movimento – “Defining the Moving Image”.


Sessão 6 – 23 de março de 2017

- Introdução à ética: a ética enquanto disciplina filosófica; as questões que a ética levanta; as dificuldades e os problemas centrais da ética; as três fontes fundamentais do pensamento ético do Ocidente (Grécia, Cristianismo e Iluminismo);
- A dimensão moral da existência: ‘moral’, ‘imoral’ ou ‘amoral’;
- Reflexão sobre alguns tipos de ética: deontológica (Kant), teleológica (Mill), emotivismo ético (Hume);
- Introdução à perspetiva do “particularismo moral”.


Sessão 7 – 28 de março de 2017

- A relação entre a arte e a moral: autonomismo, eticismo e imoralismo – apresentação e discussão das várias posições a partir das reflexões de Noël Carroll em “Art, Narrative and Moral Understanding” e de Matthew Kieran em “Art, Morality and Ethics: On the (Im)Moral Character of Art Works and Inter-Relations to Artistic Value”;
- O papel do realizador de cinema: mecanismos para impressionar e/ou moldar o espectador – “Efeito Kulechov”; o tempo, o ritmo e a tensão a partir de algumas cenas de Potomok Chingis-Khana (Tempestade na Ásia), 1928, de Vsevolod Pudovkin; o tamanho da imagem a partir de uma cena de The Birds, 1963, de Alfred Hitchcock.


Sessão 8 – 30 de março de 2017

- O papel do espectador de cinema: mecanismos de perceção do espectador (sujeito passivo ou ativo?; a importância dos escritos “O Cético”, de Hume, e “A Doutrina das Cores”, de Goethe, na análise do papel do observador); o reconhecimento dos efeitos psicofísicos que o cinema pode despoletar no espectador a partir do filme Le mystere des Roches de Kador, 1912, de Léonce Perret;
- A importância do contágio emocional na experiência cinematográfica, segundo Amy Coplan – “Catching Characters’ Emotions: Emotional Contagion Responses to Narrative Fiction Film”;
- O “paradoxo da ficção” e as suas três proposições – algumas soluções discutidas por Jerrold Levinson em “Emotion in Response to Art”.


Sessão 9 – 4 de abril de 2017

- “Devemos encarar a estética e a moralidade do filme como esferas autónomas ou será sempre necessário estabelecer uma relação entre as duas numa obra cinematográfica?” – debate sobre a relação entre a estética e a ética do filme a partir do visionamento de algumas cenas de: Triumph des Willens, 1935, Leni Riefenstahl; Pickpocket, 1959, de Robert Bresson; Lilith, 1964, de Robert Rossen; Empire, 1964, Andy Warhol; Study in Color and Black and White, 1993, de Stan Brakhage.


Sessão 10 – 6 de abril de 2017

Sessão especial sobre o cinema enquanto instrumento expositivo-pedagógico à Filosofia:

- a problemática da fé no cinema (Bergman, Dreyer, Tarkovsky), por Mestre Tiago Cerejeira Fontes.


Agradeço, desde já, a colaboração de: Departamento de Filosofia da Universidade do Minho | Doutor Vítor Moura | Doutor Bernhard Sylla | Mestre António Cruz Mendes | Mestre Tiago Cerejeira Fontes | Dr. José Amaro


Para mais informações, contactar:
sara.goncalves@ilch.uminho.pt
helenaa@ilch.uminho.pt
Telefone: 253601641 | Fax: 253601669

Sem comentários:

Enviar um comentário