Informações sobre o curso intensivo "Filosofia & Cinema: Confluências Estéticas e Éticas na Imagem em Movimento":
Duração do curso: N.º total de horas: 20 horas
Horário: Terças e
quintas, das 14h00 às 16h00
Local: Sala de
Mestrados do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho (Braga)
Formadora: Mestre Sara Gonçalves
Prazo de inscrição: 1 a 24 fevereiro 2017
Local de inscrição: Secretaria do ILCH (U.Minho)
Preço: 25 euros (com direito a certificado)
Programa (detalhado):
Sessão 1 – 07 de março de 2017
- Apresentação
do curso, da formadora e dos participantes;
- Distribuição
do programa e da bibliografia recomendada;
- Introdução
à história do cinema: pré-cinema; o cinema dos irmãos Lumière e de George Méliès; o início de Hollywood; o género western (Porter e o primeiro cowboy); os “Big Four” (Chaplin, Pickford,
Fairbanks e Griffith); a comédia americana (Chaplin versus Keaton); o cinema
soviético dos anos 20 (Eisenstein, Pudovkin); o impressionismo (Gance, Clair,
Renoir, Vigo) e o abstracionismo (Duchamp, Dulac) na França.
Sessão 2 – 09 de março de 2017
- Continuação da história
do cinema: o nascimento do cinema sonoro (Don Juan e The Jazz Singer);
o Hays Code; a década de 40 americana (Welles, Curtiz, Capra, Ford); a Nouvelle
Vague (Truffaut, Godard, Resnais, Rivette, Rohmer); o movimento dos
Angry Young Men; a década de 50 italiana (Antonioni e Fellini); o suspense
britânico (Hitchcock); a ascensão do cinema japonês com “O Mestre” (Kurosawa); a
“Nova Hollywood” dos anos 70 (Coppola, Scorsese, Spielberg, Lucas, De Palma); o
fantástico romântico, psicológico ou poético de 80 (Lynch); a era do cinema
digital.
Sessão 3 – 14 de março de 2017
Sessão
especial sobre dois dos grandes movimentos da história da sétima arte:
- o
expressionismo alemão (Murnau, Wienne), por Mestre António Cruz Mendes;
- o neorrealismo
italiano (Visconti, Rossellini), por Dr. José
Amaro.
Sessão 4 – 16 de março de 2017
- Pensar filosoficamente o cinema enquanto arte: introdução
às teorias essencialistas sobre a
ontologia da imagem em movimento;
- Esclarecimento de alguns conceitos/expressões
vinculados/as à arte cinematográfica: “representação contrafactual natural” versus “intencional” (a partir de Blow Up, 1966, de Michelangelo Antonioni);
“olho humano”, “tempo” e “espaço”;
- O ilusionismo / fantasismo de Rudolf Arnheim
– A Forma do Filme (com visionamento
de algumas cenas de The Docks of New York,
1928, de Josef von Sternberg).
Sessão 5 – 21 de março de 2017
- O realismo de André Bazin - Qu est-ce que le cinema? (com visionamento de algumas cenas de Ladri di Biciclette, 1948, de
Vittorio de Sica);
- A
crítica de Ian C. Jarvie às teorias
essencialistas sobre a ontologia da imagem em movimento – “Qual é o
Problema da Teoria do Cinema?”;
- Uma
alternativa não essencialista: as cinco condições propostas por Noël Carroll
para identificar a imagem em movimento – “Defining the Moving Image”.
Sessão 6 – 23 de março de 2017
- Introdução à ética: a ética enquanto disciplina
filosófica; as questões que a ética levanta; as dificuldades e os problemas
centrais da ética; as três fontes fundamentais do pensamento ético do Ocidente
(Grécia, Cristianismo e Iluminismo);
- A dimensão moral da existência: ‘moral’, ‘imoral’
ou ‘amoral’;
- Reflexão sobre alguns tipos de ética: deontológica
(Kant), teleológica (Mill), emotivismo ético (Hume);
- Introdução à perspetiva do “particularismo moral”.
Sessão 7 – 28 de março de 2017
- A
relação entre a arte e a moral: autonomismo,
eticismo e imoralismo – apresentação e discussão das várias posições a partir
das reflexões de Noël Carroll em “Art, Narrative and Moral Understanding” e de
Matthew Kieran em “Art, Morality and Ethics: On the (Im)Moral Character of Art
Works and Inter-Relations to Artistic Value”;
- O
papel do realizador de cinema: mecanismos para impressionar e/ou moldar o
espectador – “Efeito Kulechov”; o tempo, o ritmo e a tensão a partir de algumas
cenas de Potomok Chingis-Khana (Tempestade na Ásia), 1928, de Vsevolod
Pudovkin; o tamanho da imagem a partir de uma cena de The Birds, 1963, de Alfred Hitchcock.
Sessão 8 – 30 de março de 2017
- O
papel do espectador de cinema: mecanismos de perceção do espectador (sujeito passivo ou ativo?; a importância dos escritos “O Cético”, de Hume, e “A
Doutrina das Cores”, de Goethe, na análise do papel do observador); o reconhecimento
dos efeitos psicofísicos que o cinema pode despoletar no espectador a partir do
filme Le mystere des Roches de Kador,
1912, de Léonce Perret;
- A
importância do contágio emocional na experiência cinematográfica, segundo Amy
Coplan – “Catching Characters’ Emotions: Emotional Contagion Responses to
Narrative Fiction Film”;
- O
“paradoxo da ficção” e as suas três proposições – algumas soluções discutidas
por Jerrold Levinson em “Emotion in Response to Art”.
Sessão 9 – 4 de abril de 2017
-
“Devemos encarar a estética e a moralidade do filme como esferas autónomas ou
será sempre necessário estabelecer uma relação entre as duas numa obra
cinematográfica?” – debate sobre a relação entre a estética e a ética do filme
a partir do visionamento de algumas cenas de: Triumph des Willens, 1935, Leni Riefenstahl; Pickpocket, 1959, de Robert Bresson; Lilith, 1964, de Robert Rossen; Empire,
1964, Andy Warhol; Study in Color and
Black and White, 1993, de Stan Brakhage.
Sessão 10 – 6 de abril de 2017
Sessão
especial sobre o cinema enquanto instrumento
expositivo-pedagógico à Filosofia:
- a
problemática da fé no cinema (Bergman, Dreyer, Tarkovsky), por Mestre Tiago Cerejeira Fontes.
Agradeço, desde já, a colaboração de: Departamento de Filosofia da Universidade do Minho |
Doutor Vítor Moura | Doutor Bernhard Sylla | Mestre António Cruz Mendes |
Mestre Tiago Cerejeira Fontes | Dr. José Amaro
Para mais informações, contactar:
sara.goncalves@ilch.uminho.pt
helenaa@ilch.uminho.pt
Telefone: 253601641 | Fax: 253601669
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